JANEIRO/FEVEREIRO, 2000 Nº 21

 

ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS DAS JUSTIÇAS MILITARES ESTADUAIS
- AMAJME -


CNPJ: 65.137.044/0001-03
Fundada em 07/12/1985
Declarada de Utilidade Pública Federal - Decreto de 9 de julho de 1997
(D.O.U n. 130 de 10/07/97)


Sede Atual: Av. Osmar Cunha, 183, Ed. Ceisa Center Bl "B" - sala 1009
88.015-100 - Florianópolis - SC
Fones: (0 XX 48 - 3224.3488 Fax (0 XX 48 - 3224.3491)

 

 

EDITORIAL

 

MANIFESTO

 

            A Associação dos Magistrados das Justiças Militares Estaduais – AMAJME -, tendo em vista a iminente paralisação das atividades jurisdicionais dos Juízes da União – Trabalhistas, Federais e Militares -, prevista para se iniciar no próximo dia 28, e em atenção à sugestão da Associação dos Magistrados Brasileiros, vem a público para externar seu integral apoio ao movimento de reinvindicação salarial dos colegas federais.

            "Poder de Estado não faz greve", diz-se, genericamente. Há, no entanto, que se completar a frase, e com grifo: não faz greve, "enquanto tratado como Poder". "Poder de Estado" é um ente abstrato, atrás do qual encontram-se homens e mulheres comuns, assalariados, com necessidades básicas a serem cumpridas e com a imensa responsabilidade, no caso do Judiciário, de, em nome do Estado, julgar os seus semelhantes. E, para tanto, o mínimo que há de ser exigido é respeito e dignidade.

            É inadmissível, em um Estado Democrático de Direito, que um dos Poderes do Estado veja-se na contingência de recorrer a procedimento de extremada gravidade, induzido a tanto pela deliberada e inexplicada falta de solução à questão dos vencimentos de quem, há muito, vem pugnando pela fixação imediata do teto salarial, providência moralizadora determinada em dispositivo constitucional – aliás, inserido no âmbito de "reforma" recentemente patrocinada pelo Executivo – e, até hoje, descumprido e constantemente protelado.

            A questão salarial é apenas a ponta visível de uma campanha flagrantemente destinada a desmoralizar e amordaçar o Poder Judiciário brasileiro, contra o que a AMAJME, irmanada aos demais ramos da Justiça, vem insurgir-se, veementemente.

            Florianópolis, 25 de fevereiro de 2000.

 

 

GETÚLIO CORRÊA,

Presidente

 


 

ARTIGOS NESTA EDIÇÃO:


Entrevista com o Exmo Sr. Ministro Paulo Roberto Saraiva da Costa Leite, Vice-Presidente do Superior Tribunal de Justiça.

 

Ética e a Atividade Policial-Militar
Cel PM RR Wilson Odirley Valla - Instrutor de Deontologia Policial-Militar - Polícia Militar do Estado do Paraná.

 

A Justiça Militar de Santa Catarina - Um Breve Histórico -
Univaldo Corrêa - Juiz-Auditor aposentado da Justiça Militar de Santa Catarina.

 

Reavaliação das Políticas em Relação ao Menor Infrator Além das Rebeliões da FEBEM
Renato Laércio Talli - Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Pena de Morte e Criminalidade
Ricardo Ribeiro Velloso - estudante do 5º ano de Direito na UNIBAN

 

A Fundação da AMAJME e o Encontro de Brasília
Célio Lobão - Juiz-Auditor Corregedor aposentado da Justiça Militar da União

A Verdadeira Justiça Militar Estadual
Lourival da Costa Ramos - Presidente do Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo

Somos Hoje Porque Fomos Ontem
Luís Felipe Silveira Difini - Presidente da Associação dos Juízes do Estado do Rio Grande do Sul

 

Posse no STM
Sérgio Xavier Ferolla - Presidente do Superior Tribunal Militar

 

Tribunal Penal Internacional - Breve Análise do Estatuto de Roma
Fauzi Hassan Choukr e Kai Ambos

A Reforma do Judiciário e as Justiças Especializadas
João Vanderlan Rodrigues Vieira - Presidente do Tribunal Militar do Estado do Rio Grande do Sul


Resenha da Obra "O PAPEL CONSTITUCIONAL DO STF"

Carlos Aureliano Motta de Souza


Resenha da Obra "INQUÉRITO POLICIAL E AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE NOS CRIMES MILITARES"

Alexandre José de Barros Leal Saraiva

 


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